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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aprendendo a viver.

Este vídeo ficou tão famoso que valeu uma reportagem no fantástico. Nâo era pra menos!
Coloquei o título como "Aprendendo a viver" porque este tipo de atitude nos faz repensar sobre o que é realmente importante em nossas vidas. Para compreender melhor a emoção da plateia precisamos prestar atenção na tradução das falas e principalmente da musica de John Lennon.
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O Renascimento

O Renascimento foi uma renovação cultural que ocorreu na sociedade Européia, nos séculos XV e XVI, em decorrência do desenvolvimento econômico. Teve início no Norte da Itália, expandido-se, mais tarde, a outros países europeus. Fundou suas raízes no Humanismo, considerado a expressão intelectual e filosófica que valorizava o humano e o natural em oposição ao divino e ao sobrenatural. O humanismo ou antropocentrismo, como é chamado com freqüência, colocou a pessoa humana no centro das reflexões. Não se trata de opor o homem  a Deus e medir forças. Deus continuou soberano diante do ser humano. Tratava-se, na verdade, de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval.
As principais características da cultura renascentista foram:
Inspiração na tradição da Antiguidade Clássica greco-romana. A cultura clássica pode ser considerada o conjunto de obras literárias, filosóficas históricas e de artes plásticas produzidas pelos gregos e pelos romanos na Idade Antiga.
Antropocentrismo: A Valorização do homem como ser racional. O homem como centro do universo em oposição ao Teocentrismo.
Racionalismo: A razão frente à revelação, a razão como o caminho para se chegar ao conhecimento, contrapondo à cultura medieval, que era baseada na autoridade da igreja.
Experimentalismo: Todo conhecimento deveria ser comprovado em práticas experimentais. O saber como fruto da  observação e da experiência  das leis que governam o mundo.
Criticismo: Defendiam liberdade de expressão.
O período do Renascimento foi marcado por profundas mudanças, na economia, sociedade, cultura, política e religião. Determinou o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Na Economia, além da produção de excedentes agrícola ocorrido no final da Idade Média, outro fator de impulsionou a circulação de mercadorias foram as Cruzadas, que traziam consigo produtos do Oriente de grande aceitação no mercado europeu, principalmente especiarias. Este mercado consumidor despertou o interesse de mercadores das cidades italianas de Genova e Veneza, e também de outras regiões. A intensificação desse comércio deu origem as feiras como as de Champagne (França) e Flandes (Bélgica). Os locais onde eram realizadas algumas feiras acabaram tornando-se cidades, que surgiram também a partir da expansão dos burgos.
Na Política, com o crescimento das cidades e da burguesia, que se dava geralmente dentro dos feudos, continuavam submetidos ao pagamento de impostos e taxas aos senhores feudais. Interessados em conquistar a independência política, os burgueses lutavam pela chamadas Cartas de Franquia, que lhes dava o poder de administrar a cidade.
Na Sociedade, Religião e Cultura, a passagem de uma economia quase que exclusivamente agrária para outra com características urbanas, promoveu muitas mudanças.
A educação, que era monopolizada pela igreja, começa a ser financiada por reis e burgueses visando a formação de escolas independentes e estimulando o ensino da dialética e da lógica, incentivando o pensamento crítico.
Nas cidades também se realizavam festivais com comida, música e dança. Suas praças recebiam muitos artistas mambembes que não utilizavam o latim, mas sim o idioma falado pela população. Nestas línguas também eram apresentados teatros, jograis, menestréis.

O Renascimento Científico


O Princípio que dominou o conhecimento científico durante o Renascimento foi o da Experiência. A burguesia necessitava conhecer o mundo em que vivia a fim de dominá-lo com seu comércio. Para tanto tornou-se necessário um conhecimento prático. Desse modo, os renas-centistas colocaram-se contra o conhecimento livresco e preocupado com o sobrenatural, dando lugar a um desenvolvimento técnico aplicado à expansão Marítima.
Buscando um conhecimento real do mundo em que vivia, Leonardo da Vinci colocou a experiência como fonte de toda a verdade e Nicolau Copérnico (1473-1543) procurou mostrar, com sua teoria heliocêntrica, que a Terra era um minúsculo grão de areia perdido no espaço. O trabalho de Copérnico teve sua continuação nas descobertas de Kepler (1514-1564), Miguel Servet (1509-1553) e Ambroise Paré (1509-1590) que lançaram os princípios científicos da anatomia.

As Artes


A arte da Renascença também se caracterizou pelo humanismo, naturalismo e realismo na representação de seres e por uma grande preocupação com a racionalidade, o equilíbrio, a simetria e a objetividade, tanto na arquitetura, pintura e escultura quanto na literatura.
Na literatura italiana tiveram destaque ainda no período conhecido como Trecento (séc. XIV):
Dante Alighieri (1265-1321): Escreveu A Divina Comédia, poema épico em italiano, que incluía críticas às autoridades eclesiásticas. Esta obra divide-se em: Inferno, purgatório e o Paraíso, ou seja, Pecado, Penitência e Redenção. Demonstra a transição de uma cultura religiosa para uma cultura laica.
Francesco Petrarca (1314-1374): Considerado o “pai dos humanistas”. Tinha o homem como o centro do mundo. Manifestava grande desprezo pela cultura medieval  e verdadeira adoração pela cultura clássica romana. Sua principal obra é Cancioneiro, onde encontramos versos patrióticos, político e religiosos.
Giovanni Boccaccio (1313-1375): Sua principal obra foi Decameron, uma série de contos sobre a vida florentina durante o período da Peste Negra. Nesta obra Boccaccio descreve o modo de vida de todas as classes sociais de sua época.
Esses três autores, considerados precursores do Renascimento italiano, não utilizavam em seus escritos o latim e sim uma linguagem popular: o dialeto toscano.
O criador e precursor da pintura renascentista foi Giotto di Bondone (1266-1337). Em contraposição aos quadros medievais, onde o homem é retratado como figura plana, as obras de Giotto são marcadas pelo realismo; enquanto os quadros medievais tinham freqüentemente fundo dourado, simbolizando uma luz sobrenatural, os quadros de Giotto utilizam o azul para o céu e as paisagens da cidade.

Já no Período que corresponde ao apogeu do Renascimento italiano, que ficou conhecido como Quattrocento (século XV), tiveram destaques:
Sandro Botticelli (1444-1510): Como outros homens de seu tempo, Botticelli sofreu a influência do neoplatonismo, que enfatizava ser a própria alma todo o princípio do movimento. Suas principais obras são: Primavera e Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci (1452-1519): Pintor, músico, escultor, arquiteto, filósofo e cientista. Sua pintura ao contrário de Botticelli, baseou-se na pesquisa científica da natureza, a qual, para ele, mantinha seus segredos profundamente ocultos, exigindo uma análise minuciosa. Suas principais obras: Última ceia, Virgem nos rochedos, Mona Lisa ou A Gioconda e ainda o homem Vitruviano.
No final do séc. XV ocorreu em Florença a revolta chefiada pelo monge Savonarola, que derrubou a aristocracia dos Médici e implantou o puritanismo religioso. Obras de artes foram destruídas por simbolizarem o paganismo e o laicismo que afastavam o homem da igreja. A partir daí o centro cultural renascentista passou de Florença para Roma
Neste período ao lado do grego e do latim, reapareceu o italiano nas obras escritas. Os grandes mecenas passaram a ser os papas.

O último período e que corresponde ao declínio da Renascença italiana chamou-se Cinquecento (século XVI), e tiveram destaque neste período:
Nicolau Maquiavel (1469-1527): A grande figura política da época. Suas principais obras são: Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, Mandrágora e O Príncipe. Nesta última, reflete sobre as condições políticas da época, sobre o livre exame dos fatos históricos, atacando as tradições medievais e propondo a ruptura entre o poder temporal e o poder espiritual.
Rafael Sanzio (1483-1520): Um exemplo de humanismo voltado para o evangelho. Suas principais obras são Escola de Atenas e Madona Sistina.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564): Dentre suas principais obras destacam-se na pintura, os afrescos pintados na Capela Sistina: Deus separando a luz das trevas, A criação de Adão e Juízo final; Na arquitetura, Davi, Moisés, e Pietá.
Galileu Galilei (1564-1642): Matemático, físico e astrônomo, inventor da luneta, com a qual, observou em 1609, os satélites de Júpiter, confirmando a teoria de Copérnico de que nem todos os corpos celestes giravam em torna da Terra.
Após a segunda metade do século XVI, o Renascimento cultural italiano apresentava sinais de decadência, e os principais fatores foram à expansão marítima e a reforma católica.
Nesta época a arte era muita cara e para se te-la era necessário dinheiro, financiamento, mecenas. Com o descobrimento de novos caminhos pelo mar ocorreu a decadência do comércio de especiarias nas cidades italianas, a economia em baixa refletiu diretamente no plano cultura. – Com a reforma católica, instaurou-se o puritanismo e o fanatismo, e sendo os papas os grandes mecenas deste período, afastaram-se da cultura renascentista que ia contra os princípios da igreja.

A Renascença em outros países europeus


O Grande humanista dos Países baixos  foi Erasmo de Roterdam (1466-1536). Sua principal obra foi Elogia da loucura, onde escreve em latim elegante, uma crítica satírica da sociedade de sua época, atacando principalmente a igreja.
A pintura foi a atividade artística de maior expressão no Renascimento dos Países Baixos. Seus principais pintores foram os irmãos Hubert e Jan Van Eyck e Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669). Pintor e gravador holandês é considerado um dos maiores nomes em da arte holandesa e européia.
Na França, destaca-se o campo da literatura, representado por François Rabelais (1494-1553), renovador da prosa francesa com sua obra Gargantua e Pantagruel, onde satiriza a Igreja e zomba das supertições; e Michel de Montaigne (1533-1592), com sua obra filosófica Ensaios.
Na Espanha, a pintura foi marcada pela luta entre cristãos e mouros, e só no fim do século XVI se fez sentir mais fortemente a influência renascentista. Destaca-se El Greco (1541-1614), Grego, imigrante da ilha de Creta que pintou as obras O enterro do conde de Orgaz e Adoração dos pastores. Na Literatura espanhola, o grande nome foi Miguel de Cervantes (1547-1616), autor de Dom Quixote.
Em Portugal, a obra máxima da literatura renascentista foi Os lusíadas de Luiz de Camões (1525-1580), acompanhado de Sá de Miranda e Gil Vicente.
Na Inglaterra, a maior figura renascentista foi William Shakespeare (1564-1616). Seu teatro compreende comédias como Sonhos de uma noite de verão, e tragédias como Romeu e Julieta e Hamlet.


Referências:
BATTISTONI filho, Duílio. Pequena História da Arte. 8 ed.  – Ed. Papirus, 1996.